terça-feira, 9 de novembro de 2010

O caráter pedagógico do Dança Alegre Alegrete



O Dança Alegre Alegrete, na sua  retomada, este ano nos palcos de Alegrete, optou por um formato mais econômico, mas resgatando a sua vocação original, de divulgação da dança no seu caráter mais pedagógico. Foram investidos apenas R$ 26 mil, contemplando não apenas os dois dias de apresentação no Centro Cultural, mas a série de três oficinas que foram desenvolvidas a partir de agosto. Entre o aplauso da platéia  e  algumas críticas  de quem queria maior participação  de dançarinos da cidade, o Dança Alegre reuniu um público seleto no  auditório do Centro Cultural no último fim de semana, dias 5 e 6 de novembro. 

Fotos do espetáculo do GEDA, de Porto Alegre
Fotos: Vanessa Barcellos
No seu conceito inicial, o festival trabalhava a formação e a democratização da dança. Ao longo das 21 edições do evento, esta idéia foi enfraquecida, segundo seus organizadores.  Em 2010, a Prefeitura apostou na retomada do Dança Alegre, resgatando  seus  caráter pedagógico para o desenvolvimento da arte da dança.   A Diretoria de Cultura  do Município investiu em três oficinas de dança, com diferentes temáticas. Para ministrá-las, contou com a participação de  profissionais com experiência e talento em  dança contemporânea, outra de desenvolvimento dramatúrgico na dança, e ainda uma outra específica para a dança de rua.

Todos os grupos e alunos que participaram das oficinas apresentaram-se na primeira noite do Dança Alegre. Além deles, estiveram no palco os alunos da rede pública municipal de ensino que participam do Arte na Escola, um projeto que há muitos anos revela talentos e incentiva a criatividade nas comunidades escolares.

Na segunda noite, o espetáculo apresentado ao público alegretense foi  uma montagem do Grupo GEDA, de Porto Alegre, com diversos prêmios no Brasil e no mundo. Foi apresentada  uma obra coreográfica que tem como base de pesquisa os estudos do antropólogo francês Lelouc sobre as partes do corpo, que apontam  a visão Freudiana da ligação dos pés como símbolo fálico e dos sapatos como símbolo feminino.

Conforme o jornalista Paulo Berquó, do Departamento de Comunicação da Prefeitura, “ha expectativa de que no próximo ano o Dança Alegre possa ganhar novamente as ruas, redimensionando  a proposta desta edição, que merece – pela iniciativa – o aplauso de todos.”

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